Existe o mito de que as comunidades judaicas da América Latina são muito ricas. A realidade é que boa parte destas pertencia às faixas média e baixa da classe média. Este é o caso da Argentina.
Edição 36 - Março de 2002
Um panorama dramático
Estima-se que 50.000 judeus argentinos estejam abaixo da linha de pobreza. Inúmeros judeus que pertenciam à classe média não têm o necessário para a sua alimentação. Vão buscar comida todos os dias nas sinagogas e instituições comunitárias que abriram refeitórios populares para atendê-los. O Chabad Lubavitch da Argentina procura atender 300 crianças judias que não têm família, muitos dos quais lhes são enviados pelo Juizado de Menores. A Fundação Tzedaká construiu 12 moradias para famílias judias que não tinham onde morar. Uma delas vivia com seus dois filhos num trailer emprestado. Aumenta mês a mês o número de pessoas que procuram trabalho no Centro Ocupacional da AMIA. A maioria são jovens profissionais judeus desocupados.
Este é, hoje, o panorama da comunidade judaica da Argentina, que está em real perigo. Como o apontou o Presidente da Comissão de Absorção e Imigração do Knesset, Tzvi Hendel, após retornar do país: “A comunidade judaica da Argentina corre perigo de desmoronar”. Esta comunidade, que desenvolveu uma magnífica rede educativa cultural e nacional e combateu o anti-semitismo, agora se vê confrontada por um rápido processo de pauperização que a colocou contra a parede em muitos aspectos.
A nova pobreza judaica
Existe o mito de que as comunidades judaicas da América Latina são muito ricas. A realidade é que boa parte destas pertencia às faixas média e baixa da classe média. Este é o caso da Argentina. Chegar até essas posições significou, para os judeus, um penoso caminho por terem começado do zero, sem absolutamente nada. Hoje o mito está ainda mais distante da realidade. Vastos setores da comunidade já não são sequer da classe média baixa, são os novos pobres. Estimou-se que na Argentina, na década de 90, sete milhões de pessoas – ou seja, 20% da população do país – passou da classe média para a pobre, dentre os quais grandes contingentes de judeus. A classe média que, nos anos 60 representava 50% da população, não chega, agora, a 25%. Estima-se que uma quarta parte dos membros da comunidade judaica do país é hoje pobre ou está no limite da linha de pobreza; e o número cresce a cada dia, como ocorre com o número de novos pobres, em geral.
Este processo não tem nada a ver com anti-semitismo ou discriminação. O problema é de outra índole. A comunidade judaica argentina, em sua maioria, estava engajada em ocupações que foram as mais prejudicadas pela política econômica que vigorou no país, nesta década, e que em geral polarizou a pirâmide social e favoreceu a concentração econômica, criando sérias dificuldades de sobrevivência aos estratos médios da população. Assim, muitas famílias judias que se dedicavam ao pequeno comércio – que foi alijado da economia pela irrupção das redes de supermercados e magazines de grande porte – viram-se também sem meios de subsistência. Outras tinham erguido com muito trabalho pequenas e médias indústrias, que não resistiram à livre importação e à dificuldade de obtenção de crédito. Muitos judeus que tinham cargos públicos, perderam o emprego nos sucessivos cortes no funcionalismo estatal. Muitas famílias não mediram esforços para que seus filhos completassem uma carreira universitária, o que, na Argentina do século passado, era considerado uma garantia de poder pertencer à classe média. A situação mudou drasticamente. Muitas carreiras ficaram virtualmente sem mercado de trabalho. Até aquelas mais cobiçadas numa típica família judia, como a medicina, enfrentam, hoje, muitos problemas. E não é só a questão dos desempregados. Também muitos dos que têm trabalho recebem, atualmente, um salário que os coloca na faixa da quase pobreza. Este é o caso dos professores, dos paramédicos e dos muitos funcionários públicos. Por outro lado, o vasto setor dos aposentados, após uma longa vida de trabalho, depara-se com pensões mínimas cujo valor real diminui constantemente.
Tudo isto fez surgir um dramático quadro social. Em Buenos Aires, o número de casos para assistência social atendidos pela Aliança Solidária e pela Fundação Tzedaká passou, em poucos anos, de 4.000 a 20.000. Estima-se que 10% das 20.000 crianças que estudam nas escolas judaicas conseguem comer diariamente graças à alimentação fornecida na escola. Mais de 500 pessoas se somam mensalmente aos que procuram trabalho no Centro de Ocupação da Mão-de-Obra da AMIA. Existem jovens profissionais judeus que não conseguem trabalho nem como zeladores; 1.700 famílias judias perderam sua moradia, em Buenos Aires, e muitas moram juntas num quarto de hotel humilde, pagando o aluguel para a Prefeitura ou para a comunidade. Temos encontrado famílias judias morando embaixo de pontes, nas praças públicas e em favelas. Chega a 300 o número de famílias que recebem ajuda total, desde medicamentos até alimentação, no Templo Emanuel. Mais de 50% dos alunos das escolas judaicas estão nelas porque têm bolsa da comunidade, senão não poderiam fazê-lo. A assistência social mudou de perfil. Antigamente chegavam para pedir ajuda da AMIA principalmente pessoas em idade avançada, sem família; agora quem procura ajuda são famílias jovens, próximas do desespero diante da situação de desemprego e do total desamparo econômico em que se encontram. Um caso extremo foi o de um pai, desesperado, que foi procurar o Rabino-Chefe do Chabad Lubavitch para que este protegesse seus três filhos pequenos porque ele pensava suicidar-se. Queria ter a segurança de que a comunidade judaica se encarregaria das crianças. A solidariedade solucionou este problema.
Impactos sobre a vida comunitária
O afundamento socio-econômico do judaísmo argentino tem grandes implicações, entre as quais:
a-Problemas de sobrevivência: Muitas famílias judias não tem meios de cobrir suas necessidades mínimas. Não sabem que resposta dar a seus filhos, nem como fornecer-lhes um nível mínimo de proteção. Em seu desespero, têm o olhar fixo em escapar desta situação. Várias publicações têm noticiado uma prática constante não só entre os judeus, senão entre os novos pobres, em geral. Tentam regressar aos países de onde seus avos ou bisavós vieram, há muitas décadas, valendo-se de sua ascendência para obter a devida documentação.
Um novo tipo de assimilação
Os judeus lutaram durante o século XX contra diversas formas de assimilação, com êxitos significativos. Enfrentaram a assimilação ideológica, que, no início do século, proclamava que o sionismo era uma visão ilegítima e exigia uma integração do judeu nas ideologias anti-sionistas. Encararam a assimilação religiosa, que pregava a conversão ao cristianismo para, em muitos casos, obter uma identidade não exposta a perigos históricos tão sérios. Tiveram que brigar e o estão fazendo, contra uma grande variedade de possibilidades numa sociedade aberta, como a americana, e contra o crescimento dos casamentos mistos que se excluem do judaísmo. Para isto, a vida judaica desenvolveu novas abordagens e políticas. Na América Latina cresce um tipo novo de assimilação, diferente, que provém da nova pobreza judaica.
As pesquisas sociológicas sobre os novos pobres indicam, em geral, que quando uma pessoa perde seu emprego e fica desempregada por um longo tempo, tende a se retrair socialmente. Tem “vergonha” de participar em grupos sociais onde a primeira pergunta que lhe farão será logicamente sobre o que faz. Sente que sua auto-estima está vulnerável, pelo mesmo motivo, e seria ainda mais danificada se participasse de reuniões sociais. Por isso se exclui das mesmas. Isto é extremamente grave para a vida judaica, alicerçada no contato ativo de cada judeu com múltiplas estruturas comunitárias.
Efetivamente, vemos os novos pobres judeus afastarem-se as instituições. Eles abandonam as kehilot (as congregações organizadas), as escolas, os centros comunitários e passam a ser ausentes. Não é somente o problema de não poder custear o mínimo necessário. Ainda que sejam isentados de pagamento, eles não freqüentam tais locais porque a sua situação os faz sentirem-se inferiorizados e optam pelo isolamento. Isto está criando uma periferia judaica que deseja participar na comunidade mas rompe sua ligação com a mesma por causa da pobreza. Há judeus em Buenos Aires que preferem pedir comida no refeitório de uma Igreja para não “passarem a vergonha” de buscar alimento em instituições comunitárias onde os podem reconhecer. Silenciosamente, estes judeus da pobreza vão limitando sua vida judaica e a de seus filhos.
O enfraquecimento institucional
A comunidade judaica da Argentina se apoiava nas contribuições da massa judaica. A elas agregava-se o interesse pelo judaico em grupos econômicos, empresariais e em famílias com sólida posição econômica. Hoje estas bases estão muito enfraquecidas. Boa parte dos contribuintes das grandes instituições de base popular não estão em condições de manter suas contribuições; pelo contrário, muitos deles precisam de ajuda. Por outro lado, a evolução econômica tem causado o declínio de empresas judaicas que faziam contribuições significativas. A repercussão sobre as finanças comunitárias foi muito dura. Fecharam-se muitas escolas, há sinagogas vazias sem ter sequer quem cubra a sua manutenção, as instituições judaicas de bairro desapareceram.
Os professores judeus que deveriam ser protegidos ao máximo pelo seu papel fundamental na continuidade judaica têm sido severamente atingidos. O número dos mesmos reduziu-se, os salários caíram e os direitos adquiridos por anos de trabalho já não contam mais. Muitos abandonaram a carreira e é muito difícil achar outros. Quase simbolizando este perfil, um jornal comunitário anuncia que a escola judaica mais antiga da comunidade, de 100 anos de existência, está por fechar as portas.
Comprar a briga
O judaísmo argentino reagiu, nesta hora tão difícil, com todo seu vigor, fundamentado em seus arraigados valores judaicos e sionistas. As instituições e seus askanim têm redobrado seus esforços.
Mas tudo o que conseguem fazer perante a pobreza judaica é pouco face à magnitude do problema. Calcula-se que apenas 40% dos judeus pobres recebem ajuda, 60% não; e esta brecha continua aumentando, diariamente. Cinqüenta mil judeus pobres ou indigentes judeus; famílias judias inteiras que se perdem para a comunidade; instituições que se fecham quando, mais do que nunca, é necessário que existam e sejam fortes; muitas escolas desaparecem, perdem-se professores; tudo isto significa que este judaísmo está, hoje, em sério perigo.
Urge que surja uma resposta do coletivo do povo judeu. A solidariedade da pujante comunidade judaica do Brasil pode ser muito valiosa.
O tempo urge. Cada dia que passa sem solução significa mais famílias judias sofrendo privações básicas e correndo o risco de se desintegrar como família. Pais desesperados, crianças que não podem ir à escola judaica, jovens judeus desesperançados, colégios e sinagogas fechados. Vamos permitir isto ou vamos mostrar, uma vez mais, que somos um só povo, que aprendeu para sempre o princípio ético central da mensagem que nos deu a divindade: ‘Nós, judeus somos responsáveis uns pelos outros!"
Bernardo Kliksberg
Assessor das Nações Unidas, BID, UNESCO, UNICEF e outros orgãos internacionais.
Presidente da Comissão do Desenvolvimento Humano do Congresso Judaico Latino-Americano.
Recentemente foi lançado no Brasil seu novo livro "A Justiça social. Uma visão judaica" (UNESCO, Maayanot).
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http://en.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Kliksberg
dimanche 26 février 2012
vendredi 24 février 2012
jeudi 23 février 2012
The Jewish Poor
(...)
So who are the Jewish poor and how many are there?
Let’s focus on New York City, the largest Jewish community outside of Israel. According to the January 2004 Report on Jewish Poverty commissioned by the Metropolitan Council on Jewish Poverty and the UJA-Federation of New York, approximately 311,700 Jewish households in the city are poor, which is defined as living on one-and-a-half times the income of someone at the poverty line.
That means that in 2004, the most recent year for which information is available, 20 percent of New York Jews were living at one-and-a-half times the $18,850 poverty line for a family of four. One-in-five Jews from the land of the Bergdorf-Goodman department store, the grand Park Avenue Synagogue, and H & H Bagels come from families making less than $21,678 per year. Another 85,000 are “near-poor,” who do not qualify but still cannot feed their families. There are 226,000 Jewish people in New York City poor enough to qualify for government assistance programs.
That means one in every five Jews in New York City is poor, which is a proportion that nearly equal to the percentage of all New Yorkers who are poor (20.4 percent).
Where are the Jewish poor of NYC located?
69 percent are located in Brooklyn (156,200 households), 19 percent are in Queens (42,700 households), six percent are in Manhattan (12,800), five percent are in the Bronx (10,400 households), and two percent are located in Staten Island (3,900 households).
The concentration of Jewish poverty in Brooklyn and Queens mirrors the areas where concentrations of Hasidic Jewish families and recent Russian and Soviet immigrants live. According to the report, poverty is more prevalent among seniors, people who are unemployed, people who are unable to work due to physical limitations, people without college degrees, Orthodox households with large families, and recent Russian-speaking immigrants. (...)
April 21, 2006 | Jacob Blumenfeld
http://www.newvoices.org/community?id=0030
So who are the Jewish poor and how many are there?
Let’s focus on New York City, the largest Jewish community outside of Israel. According to the January 2004 Report on Jewish Poverty commissioned by the Metropolitan Council on Jewish Poverty and the UJA-Federation of New York, approximately 311,700 Jewish households in the city are poor, which is defined as living on one-and-a-half times the income of someone at the poverty line.
That means that in 2004, the most recent year for which information is available, 20 percent of New York Jews were living at one-and-a-half times the $18,850 poverty line for a family of four. One-in-five Jews from the land of the Bergdorf-Goodman department store, the grand Park Avenue Synagogue, and H & H Bagels come from families making less than $21,678 per year. Another 85,000 are “near-poor,” who do not qualify but still cannot feed their families. There are 226,000 Jewish people in New York City poor enough to qualify for government assistance programs.
That means one in every five Jews in New York City is poor, which is a proportion that nearly equal to the percentage of all New Yorkers who are poor (20.4 percent).
Where are the Jewish poor of NYC located?
69 percent are located in Brooklyn (156,200 households), 19 percent are in Queens (42,700 households), six percent are in Manhattan (12,800), five percent are in the Bronx (10,400 households), and two percent are located in Staten Island (3,900 households).
The concentration of Jewish poverty in Brooklyn and Queens mirrors the areas where concentrations of Hasidic Jewish families and recent Russian and Soviet immigrants live. According to the report, poverty is more prevalent among seniors, people who are unemployed, people who are unable to work due to physical limitations, people without college degrees, Orthodox households with large families, and recent Russian-speaking immigrants. (...)
April 21, 2006 | Jacob Blumenfeld
http://www.newvoices.org/community?id=0030
Jacques Attali, les Juifs et l'argent - Le déboulonneur de mythes
Dans l'histoire, les relations des Juifs avec l'argent s'est démarquée de celle des autres religions monothéistes. D'abord, parce que «du point de vue des fondateurs du monothéisme, la création de richesse est une bonne nouvelle», dit-il. Cette richesse est bienvenue chez les Juifs, et doit servir à réparer le monde. Pendant ce temps, inversement, dans l'Islam et le christianisme, la richesse est considérée comme une malédiction, et c'est la pauvreté qui est une bénédiction.
Plus précisément, la religion juive permettait que ses membres s'accordent des prêts sans intérêt entre eux, et qu'ils accordent des prêts avec intérêts aux non-juifs, alors que chez les chrétiens et les musulmans, le prêt, avec ou sans intérêt, est interdit.
Durant des siècles, donc, les Juifs sont seuls à pouvoir prêter de l'argent. Ils prêtent alors un argent dont tout le monde a besoin, et chacun d'entre eux, du plus pauvre au plus riche, est forcé de le faire sous peine d'être chassé du pays où il vit.
Confinés à ce rôle imposé de prêteur, les Juifs inventent des éléments de base du capitalisme: on leur attribue l'invention du chèque, du billet de banque, de la lettre de change. Fondamentalement nomade, circulant dans différents pays, souvent chassé des terres qu'il habite, le peuple juif a tout intérêt à investir dans les valeurs mobilières, partage ce qu'il fait fructifier et participe du coup à la circulation de l'argent et à la circulation des idées.
Plus tard, c'est un Juif lui-même, Karl Marx, qui deviendra malgré lui l'inspiration d'une certaine forme d'antisémitisme, en associant le judaïsme au capitalisme, dans un essai publié quatre ans avant Le Manifeste, et intitulé La question juive.
«Pour Marx, écrit Attali, le Juif est la matrice du capitalisme; l'assimiler ne changerait donc rien à son statut. Il ne peut s'émanciper qu'avec la disparition conjointe du capitalisme et du judaïsme.»
Les Juifs seront donc à la fine pointe du socialisme, sous les traits de Karl Marx ou de Léon Trotski.
«Les Juifs eux-mêmes ont été pris dans ce schéma, ont eu ce qu'on appelle la haine de soi, la haine de l'argent et la haine de l'image d'eux-mêmes. On retrouve cela chez Marx, qui dénonce le judaïsme comme source du capitalisme, chez Freud, qui dénonce l'argent», dit Attali en entrevue.
S'il reconnaît donc que les Juifs ont eu, durant une longue période, un rapport unique avec l'argent, Attali s'attarde tout de même, dans son livre, à déboulonner certains mythes. Dans un sous-chapitre intitulé Pour en finir avec l'argent juif, Attali écrit: «qu'après la Shoah, il est devenu impossible de parler de la place du peuple juif dans l'économie mondiale. Très rares sont les entreprises restées proprement juives. La plupart de celles dont on a parlé jusqu'ici, qui l'étaient à cause de leurs fondateurs, ne le sont plus ou ont même disparu». Il y a aussi, bien sûr, partout des Juifs pauvres.
Aujourd'hui, alors que le prêt usuraire et le nomadisme, par l'immigration et le déplacement des individus, sont des pratiques universelles, la distinction juive est moins marquée qu'elle ne l'était autrefois.
«L'identité juive a perdu beaucoup de sa spécificité.»
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Sous cette formulation générale - «Les Juifs, le monde et l'argent» - le thème de votre nouveau livre relevait jusqu'ici plutôt de la rhétorique antisémite...
Je me suis toujours demandé ce qu'il y avait de fondé dans tout ce qui était raconté, y compris le pire, sur le rapport des juifs au monde et à l'argent. J'ai voulu aborder cette question de front, avec franchise et honnêteté, à travers une longue enquête historique, et ma conclusion est que les juifs ont toutes les raisons d'être fiers de cette partie de leur histoire.
Vous remontez plusieurs millénaires en arrière pour retracer cette histoire, qui commence d'ailleurs dans un monde sans argent et sans richesse: le paradis d'Adam et Eve.
Le paradis se situe hors de l'économie parce que hors de la rareté, du travail et du désir (désir de savoir et de jouir). Et c'est parce qu'il éprouve ces deux désirs que l'homme bascule dans le monde de la rareté, c'est-à-dire de la violence, puis de l'argent.
C'est alors Dieu lui-même qui délivre à son peuple, bien avant Guizot, le premier précepte économique: «Enrichissez-vous!»
Pour la Bible, la richesse est un moyen de servir Dieu, d'être digne de lui. L'un des textes fondateurs dit: «Tu aimeras Dieu de toutes tes forces» et l'un des commentaires précise: «Cela veut dire de toutes tes richesses.» Donc: «Plus tu seras riche, plus tu auras de moyens pour servir Dieu.» La richesse est un moyen, pas une fin. A condition que ce soit une richesse créée, une mise en valeur du monde et non pas une richesse prise à un autre. Les biens fertiles (la terre, le bétail) sont donc particulièrement recherchés. Abraham s'enrichit ainsi par ses troupeaux. Le travail productif est même si important qu'il est interdit de ne faire qu'étudier ou prier, parce qu'on s'isole, on se dessèche et on ne comprend plus le monde.
Ces préceptes de l'Ancien Testament correspondent-ils à une réalité historique de l'époque?
Oui. A l'époque biblique, deux révolutions majeures distinguent les juifs des peuples voisins: d'une part, l'enrichissement n'a pas pour finalité la construction de beaux lieux de culte; d'autre part, les sacrifices humains et la loi du talion sont remplacés par un dédommagement monétaire. C'est un moment essentiel de la civilisation: l'amende remplace les représailles, l'argent interrompt la violence.
Ce mode d'emploi de la richesse n'est guère respecté...
Une fois passé l'exil égyptien, dès la sortie d'Egypte, l'argent joue un grand rôle; dans le Sinaï, une partie du peuple juif fabrique un dieu d'or. Le châtiment est terrible: le peuple doit rester dans le désert assez longtemps pour qu'y meurent toutes les générations fautives. Pendant cette longue errance, Dieu leur assure la «manne», qui n'est pas du tout la nourriture de rêve que l'on croit généralement: elle n'a aucun goût, aucune raison d'être autre que fonctionnelle, elle constitue une ration alimentaire fade et sans saveur. La leçon est claire: seules les richesses créées par le travail ont du goût. Ce qui est obtenu sans effort n'a aucune valeur.
Malgré cette rééducation, le peuple juif semble avoir du mal à trouver ce rapport équilibré avec la richesse que lui prescrit Dieu?
Dans l'un des textes majeurs du judaïsme, le discours de Salomon, lors de l'inauguration du Temple, au Xe siècle avant notre ère, rappelle que le peuple juif ne doit s'enrichir que pour enrichir les autres, qu'il ne peut être heureux que si ceux qui l'entourent le sont aussi et que, réciproquement, les gentils ont intérêt au bien-être du peuple du Livre, qui prie pour eux. C'est aussi à cette époque qu'est institué l'impôt de solidarité - qui deviendra la tsedaka - première apparition historique de l'impôt sur le revenu, avec des règles très précises: taux supérieur à 10% mais inférieur à 20%, anonymat et redistribution intégrale aux pauvres. Malgré cela, le Temple connaît deux dévoiements importants: des prêtres s'installent à plein temps et certains recommencent à faire de la fortune une finalité. Le châtiment ne tarde pas: division du peuple, défaite, destruction du Temple. D'où, plus tard, après sa reconstruction, le besoin de codifier ces règles. C'est l'oeuvre du premier Sanhédrin, sorte de Cour de cassation, instance suprême qui unifie la jurisprudence d'une multitude de petits tribunaux communautaires.
C'est ce premier Sanhédrin qui autorise aux juifs le prêt à intérêt, qui va peser si lourd sur leur destin ultérieur?
Pour le peuple juif, dans la mesure où la fertilité des biens est saine, il n'y a aucune raison d'interdire le prêt à intérêt à un non-juif, car l'intérêt n'est que la marque de la fertilité de l'argent. En revanche, entre juifs, on doit se prêter sans intérêt, au nom de la charité. Il est même prescrit, vis-à-vis des très pauvres, de faire des prêts à intérêt négatif!
C'est à cette époque que débute une phase heureuse de complémentarité avec la puissance grecque: les juifs semblent mieux réussir leur exil que leur royaume?
C'est clair! Parce que l'identité juive est d'abord nomade. Babylone et Alexandrie, qui sont au IIIe siècle avant notre ère les capitales de l'économie mondiale, fonctionnent grâce au savoir et au commerce des marchands lettrés juifs. Ils acquièrent progressivement une compétence et une légitimité fondées sur la confiance et sur des techniques financières et commerciales efficaces. Ils y inventeront en particulier le chèque, le billet à ordre, la lettre de change. Cela n'empêchera pas l'apparition, à Alexandrie, d'un antijudaïsme préchrétien.
Plus tard, l'avènement du christianisme met fin à une nouvelle dérive vers l'argent culte, notamment chez les pharisiens, dont le comportement est dénoncé par la secte des esséniens.
Bien avant la colonisation romaine, certains marchands et prêtres juifs, devenus riches et puissants, ne cessent d'être condamnés par les prophètes. Plus encore quand ils collaborent avec les Romains et exhibent leur luxe, au mépris de la Loi. Les prophètes se déchaînent contre eux, en écrivant les textes les plus durs sur la haine des richesses qui ne sont pas mises au service de Dieu. Jésus s'inscrit dans ce courant mais, au lieu d'accepter la richesse comme un moyen, il prêche que l'on n'est jamais aussi proche de Dieu que dans la mendicité. Il fait, comme certains prophètes avant lui, de la pauvreté un moyen d'accès à Dieu.
Pour un juif, la pauvreté est intolérable. Pour un chrétien, c'est la richesse qui l'est. Mais progressivement, dans la rédaction des Evangiles puis avec l'émergence de l'Eglise, la richesse va devenir un moyen de pouvoir au profit de l'institution religieuse, l'Eglise, qui encourage les offrandes et impose aux évêques l'inaliénabilité de ses biens.
Autre nouveauté essentielle, le christianisme proscrit le prêt à intérêt.
Pour trois raisons:
1° Pour les chrétiens, comme pour les Grecs, le temps n'appartenant pas aux hommes, ils n'ont le droit ni de le vendre ni de le faire fructifier.
2° Le prêt est une activité malsaine qui permet de gagner de l'argent sans travailler.
3° Le prêteur peut s'enrichir, ce qui concurrence le projet de l'Eglise d'être le lieu principal d'accumulation des richesses. L'Eglise assimile donc le prêteur au diable: il est comme le dealer qui fournit de la drogue, une nouvelle forme de la tentation.
Comment les rabbins ont-ils réagi à cette révolution chrétienne sur la question des richesses?
Il leur semble utile de codifier les choses au cours des siècles suivants. Les deux textes fondamentaux sont le Talmud de Jérusalem, au IVe siècle, et celui de Babylone, au VIe siècle, qui apportent d'énormes innovations, souvent très détaillées, sur l'organisation sociale et en particulier sur les taux d'intérêt, l'usage des lettres de change, les limites du profit (avec, par exemple, la notion de «prix juste» des biens alimentaires, dont la marge doit être limitée à 1/6), l'interdiction de la spéculation (quand les prix montent, il est interdit de faire des réserves et il faut vendre pour faire baisser les prix). Il y a aussi des règles très précises contre les ententes. Pratiquement tous les problèmes de l'économie moderne y sont traités, qu'il s'agisse de la publicité, de l'environnement, de la fiscalité directe et indirecte, du droit du travail, du droit de grève, de l'héritage, de la solidarité, etc.
A qui s'appliquent ces règles?
C'est déjà une question lancinante: doit-on vivre en circuit fermé entre juifs ou appliquer ces règles à tout le monde?
La justice sociale - la tsedaka, par exemple, la doit-on uniquement aux juifs ou également au voisin non juif dans le besoin?
Selon la règle fondamentale, arrêtée à ce moment-là dans le Talmud de Babylone, il est interdit de laisser mourir de faim qui que ce soit, mais l'on ne doit une assistance totale qu'aux monothéistes - c'est-à-dire, pendant très longtemps, seulement aux musulmans puisque, à cause de la Trinité, les chrétiens furent jusqu'au XIIe siècle considérés comme des polythéistes. On doit seulement fournir aux polythéistes les moyens de leur survie, pour qu'ils trouvent la force de découvrir l'unité de Dieu.
S'ouvre ensuite une nouvelle et longue ère heureuse de complémentarité avec les musulmans: les califes ne recrutent leurs conseillers et experts économiques que parmi les juifs.
Cela tient à une nécessité: il y a dans l'islam la même interdiction du prêt à intérêt que chez les chrétiens. Et les juifs sont parmi les rares à savoir lire et écrire. Ils sont donc les seuls capables d'organiser ces prêts, dont l'économie commence alors à avoir besoin: les marchands lettrés juifs constituent même le seul réseau mondial de courtiers, de commerçants et de changeurs. Tout en relevant d'un statut humiliant - selon la «dhimmitude» du Coran, on protège un «inférieur» - la compétence juive s'impose très vite. Le ministre des Finances du troisième calife, à Damas, est juif! C'est l'apparition d'un nouveau personnage: le juif de cour, qui n'existait pas sous l'Empire romain. Mais cette élite aspirée vers le haut ne constitue qu'une infime minorité du peuple juif, essentiellement composé d'artisans, de paysans, de vignerons, de marins, de commerçants, qui vivent dans l'angoisse des conséquences possibles de la jalousie que peuvent susciter ceux d'en haut.
Pourquoi cette spécialisation économique se reproduit-elle de manière beaucoup plus tragique tout au long du Moyen Age européen?
Avec le déclin de Bagdad, le centre de gravité se déplace vers l'Europe. Le continent souffre d'un manque de monnaie métallique: il n'y a pas assez d'or et d'argent pour assurer les transactions. Vers l'an mille, il n'y a guère plus de 150 000 juifs en Europe, qui, pendant trois siècles, se retrouvent dans la situation extraordinaire d'être les seuls à avoir le droit de faire des prêts alors que le besoin d'argent est considérable. C'est d'ailleurs l'une des rares activités qui leur sont autorisées au milieu d'un océan d'interdictions professionnelles. Mais c'est aussi une obligation: souvent, une communauté n'est tolérée dans une ville que si elle accepte d'assurer ce service. Les juifs, tous les juifs, vont donc jouer le rôle de prêteurs; les paysans, bouchers, et artisans juifs sont aussi prêteurs. Ce sont en général des prêts entre voisins. Dans l'Europe du Sud, cela se passe parfois très bien. Ils sont utiles et les chrétiens le reconnaissent. Mais à cette époque se constituent aussi les Etats; les souverains vont, à leur tour, recourir aux prêteurs juifs, forcés de leur prêter pour tout, même pour financer les guerres et les croisades.
Les rabbins ne mettent-ils pas en garde contre le développement de cette spécialisation sociale très piégée?
Il y a de grands débats. Certains sages considèrent que prêter aux non-juifs est un devoir, pour les aider à s'enrichir. D'autres s'inquiètent de voir les juifs prendre le risque d'être haïs pour services rendus. Et c'est ce qui arrive: quand cela va mal - à cause d'épidémies ou de mauvaises récoltes - et que l'on ne peut plus rembourser, paysans et princes trouvent une raison de se fâcher avec les juifs. «Juif» devient synonyme d' «usurier». Ils font alors l'objet de rackets, doivent payer pour tous les actes de la vie quotidienne, sous l'éternelle menace d'expulsion. D'où un cycle infini de périodes de calme suivies d'épisodes violents de pillages, de destructions de communautés.
Comment des communautés ainsi malmenées parviennent-elles, des siècles durant, au sortir de tragédies régulières, à se reconstituer, à remonter la pente pour remplir à nouveau le même office, en attendant la prochaine catastrophe?
Comme on a besoin d'eux, les monarques, après les avoir pillés, les remettent souvent en situation de pouvoir prêter! Et comme les prêts sont de très courte durée - un an ou moins - et à des taux d'intérêt très élevés, de l'ordre de 50 à 80%, l'accumulation va très vite. C'est comme pour les microcrédits aujourd'hui: cela vaut la peine d'emprunter, notamment en matière d'investissement agricole.
Il y a, dans votre livre, une thèse implicite: contrairement à Max Weber, qui mettait en avant le protestantisme, vous renouez avec la position de Werner Sombart, qui faisait des juifs les véritables inventeurs du capitalisme.
Pour moi, les preuves que je recense sont tellement accablantes que la thèse de Max Weber ne tient pas la route: malgré son immense culture, il n'a rien compris, ni au judaïsme, ni au rôle que celui-ci a joué, ni aux sources de l'ordre marchand. Mais Sombart n'est pas mieux: il fait démarrer le capitalisme au XVIe siècle par l'initiative de juifs polonais immigrés en Angleterre! Il ne leur prête un rôle que dans le capitalisme de spéculation, alors que l'important est ailleurs, dans le rôle très ancien joué par les juifs dans la mise en place de l'éthique en général, dans celle de l'économie en particulier, et dans le financement de l'investissement à partir du Xe siècle. Il oublie beaucoup d'autres choses, comme le rôle de la papauté, qui préserve les banquiers juifs dont elle a besoin; l'importance des banquiers lombards, qui sont en réalité souvent des juifs plus ou moins masqués; leur rôle dans le formidable développement de l'Espagne, dans les deux berceaux majeurs du capitalisme que furent les Pays-Bas et l'Angleterre et dans les colonies. Il ne dit rien non plus de leur participation au développement industriel, au XIXe siècle, en particulier dans les industries de la communication, de l'automobile, de l'aviation. Peu de gens savent que l'agence Havas et l'agence Reuter au XIXe siècle sont des créations juives, au même titre que la Deutsche Bank, Paribas ou les principales banques d'affaires américaines. Et encore bien d'autres destins fascinants en France, en Allemagne ou en Russie. De tout cela, je donne d'innombrables et spectaculaires exemples.
Comment expliquez-vous alors l'importance accordée à Max Weber?
Il a été clairement l'instrument idéologique de légitimation de la suprématie politique hollandaise, anglaise, puis américaine: il a permis aux protestants de se doter d'un titre de paternité sur ce qu'ils dominent. Marx, lui, avait compris que le judaïsme était à l'origine de la pensée économique moderne, mais il assimile totalement judaïsme et capitalisme, pour lui deux ennemis à combattre, et il écrit des pages clairement antisémites sur lesquelles a toujours pesé un tabou.
Vous évoquez sans détour un autre tabou: la puissance du gangstérisme juif aux Etats-Unis...
J'aurais trouvé malhonnête de ne pas parler de cet épisode marginal et fascinant. Un des chefs de la mafia américaine est un certain Meyer Lansky. Il fait partie de cette petite minorité de truands juifs - peut être 2 000 sur 2 millions de juifs russes immigrés aux Etats-Unis à la fin du XIXe siècle et au début du XXe. Cette fraction tout à fait «désintégrée» de la communauté constitue une grande première historique. Jusqu'alors, les juifs avaient une phobie de la délinquance et de la criminalité, pour des raisons théologiques, mais aussi de survie, puisque le comportement d'un seul pouvait mettre en cause la sécurité de toute la communauté. Les rabbins doivent refuser tout don d'origine douteuse. Et même au Moyen Age, où ils font l'objet des pires accusations - kidnappeurs d'enfants, meurtriers rituels, buveurs de sang humain, empoisonneurs de sources - on n'a pas d'exemple de prêteurs escrocs! Le gangster juif est donc une nouveauté; en réalité, il n'est plus juif du tout. Meyer Lansky n'a aucune relation avec la communauté. Associé à la mafia italienne, il permet à Lucky Luciano de prendre le pouvoir sur Cosa Nostra, avant de devenir lui-même le maître de la mafia américaine. Et quand, plus tard, il se fait arrêter - pour des raisons fiscales, comme Al Capone - et qu'il demande à Israël à bénéficier de la loi du retour, Golda Meir ne le lui accorde pas.
Cela nous amène à Israël, qui a voulu ouvrir un nouveau chapitre des rapports entre le peuple juif et l'argent, avec cette utopie du kibboutz, collectivisme communautaire libéré de l'argent.
Quand les premiers sionistes viennent leur demander des fonds, les banquiers juifs américains (Seligman, Goldman, Sachs, Lehman, Kuhn, Loeb, Warburg, Solomon) refusent, pour des raisons qui paraissent aujourd'hui d'une actualité extraordinaire: «Nous sommes une éthique, une culture, pas une nation, il ne faut pas s'encombrer d'un Etat.» Ceux qui acceptent de les aider (les Rothschild, Montefiore ou Hirsch) ne sont pas sionistes non plus. Et, comme la plupart des cadres sionistes viennent de Russie, où ils ont énormément souffert de cette image du juif homme d'argent, ils veulent s'en défaire radicalement, montrer qu'ils sont capables d'être des paysans, des artisans, des ouvriers. Cela donne d'abord le «bundisme», mouvement juif russe socialisant du début du siècle, puis le mouvement révolutionnaire russe, et enfin le sionisme utopique. Aujourd'hui, les kibboutzim n'occupent plus qu'une place marginale dans la société israélienne, même s'ils assurent encore le tiers de la production agricole.
Pourquoi le kibboutz a-t-il échoué?
Parce qu'il n'y a pas d'utopie qui ne soit une île! Un système social différent ne peut réussir que s'il est isolé et ainsi transmissible aux générations suivantes. Or forcer les enfants, et surtout les petits-enfants, à revenir vivre en kibboutz après avoir passé deux ou trois ans dans l'armée ou à l'université s'est révélé impossible. Cela s'était déjà passé dans les familles de banquiers juifs du XIXe siècle, aux Etats-Unis ou à Vienne: la première génération fonde la banque, la deuxième la dirige et la troisième donne des musiciens, des peintres ou des psychanalystes!
Malgré cet échec du kibboutz, vous montrez qu'Israël entretient un rapport très particulier à l'argent, très loin de la réalité économique: c'est un Etat en perpétuel déficit.
C'était. Ça ne l'est plus. Cette nation a été créée dans des conditions économiquement surréalistes: sans Etat, sans ressources financières. Elle vécut donc à découvert, et cela pendant très longtemps. Mais cette dépendance extérieure correspond à un financement pour l'essentiel en prêts, pas en dons, et désormais, depuis une dizaine d'années, Israël reçoit moins de l'extérieur qu'il ne reverse. Le peuple israélien a vécu au départ à crédit: le taux de l'inflation était le signe de ce choix. Il se trouve qu'il s'est révélé très efficace.
Quelle a été l'importance de l'argent de la Diaspora durant ces cinquante ans de l'Etat d'Israël?
Dans les premières années, il représente de 5 à 6% du PNB israélien. Aujourd'hui, il ne représente pas plus de 5 pour 1 000. La situation est même en train de s'inverser et Israël sera bientôt en situation d'assister certaines communautés de la Diaspora, elles-mêmes menacées de disparaître par assimilation et par déclin de la natalité.
A rebours de certains fantasmes, vous concluez que le XXe siècle aura été en fait celui de l'effondrement de la puissance financière juive échafaudée au XIXe.
Je décris le destin des grandes dynasties financières et industrielles, une à une: les grandes banques juives s'effondrent ou passent toutes aux mains de non-juifs au cours de l'entre-deux-guerres. Comme à Vienne au XIXe siècle, où les juifs étaient sortis de la finance et du capital pour le théâtre, la psychanalyse et la littérature, au début du XXe, la puissance juive américaine passe de la finance à la distraction et à la communication: édition musicale, radio et cinéma. Universal, MGM, Fox, RCA, NBC, CBS, Warner Brothers sont les créations d'entrepreneurs juifs dont les films sont totalement étrangers au judaïsme. L'idée de montrer pour la première fois dans une salle un film en continu - comme, en France: Lumière avec L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat (1895) - viendra aux Etats-Unis d'Adolph Zukor, un juif hongrois, qui présente au public, en 1907, un documentaire de dix minutes: une Passion du Christ largement antisémite qu'il a tournée lors d'un voyage en Bavière! Et dans les années 30, le patron d'Universal, dont le frère était rabbin à Berlin, estimait qu'il n'avait pas à se mêler de la situation des juifs d'Europe. Le seul cinéaste militant prosémite de l'époque, c'est Chaplin, que même Hitler croit juif alors qu'il ne l'est pas!
En conclusion, vous dressez, à l'heure de la mondialisation, le constat de la fin de ce rôle économique multiséculaire des juifs: on n'a plus besoin d'eux?
Le rôle principal des juifs, pendant trois mille ans, fut celui du nomade, dont le sédentaire a besoin pour entretenir les contacts avec l'extérieur. Mais quand, avec la mondialisation, tout le monde devient nomade, il n'y a plus besoin de ces nomades-là! C'est nouveau et très récent, à tel point qu'en Israël les élites nouvelles sont elles-mêmes nomades à l'égard de l'Etat juif. Un autre rôle attend sans doute le peuple du Livre, avant-garde du nomadisme.
Vous vous interrogez sur le destin de cette banalisation pacifique, qui dissout l'identité juive, jusqu'à suggérer qu'Israël pourrait chercher inconsciemment à susciter une insécurité dont il aurait besoin pour maintenir une identité forte...
Le sédentaire éprouve souvent de la haine pour le nomade, dont il ne peut se passer. Mais, comme ni le nomadisme ni la finance ne sont plus des spécialités juives, la haine qu'ils provoquaient tend à se dissiper; et d'autres diasporas, telle la chinoise, viennent remplir ces mêmes rôles. Reste Israël, confronté à une menace comme nation sédentaire, face à son heure de vérité: son identité ne peut pas se réduire à l'hostilité de ceux qui l'entourent. La guerre, c'est son anéantissement; mais la paix entraînera son intégration dans la région, préalable à un métissage. Prélude à ce qui attend tous les peuples.
Dans cet ouvrage, vous avez privilégié le rôle actif de l'élite juive - experts, juifs de cour, conseillers du prince, financiers, etc. - au détriment de l'immense majorité du petit peuple: faut-il y voir une motivation autobiographique chez l'ancien conseiller de l'Elysée et homme de finance que vous êtes?
Je raconte aussi la vie des masses juives, leurs mouvements sociaux et leurs espoirs, mais il était naturel de s'intéresser aussi aux grands destins, et il en est de si fabuleux, de si incroyables! Juif, profondément attaché à cette partie de moi-même, j'ai eu envie de comprendre comment ma vie s'inscrit dans un destin collectif. Ce livre a donc été un formidable voyage intérieur qui m'a éclairé sur certaines de mes réactions, et notamment sur ma méfiance à l'égard de l'argent: s'il est un outil de la dignité humaine, un moyen d'interrompre les représailles et la violence, il n'est pour moi qu'un moyen de donner. J'ai toujours pensé qu'être puissant, c'est seulement avoir le privilège de pouvoir rendre service.
Que peut-il rester du Talmud de Babylone dans votre vie professionnelle?
Quand j'ai lu, chez Maimonide, qu'il y a huit degrés dans la charité, le plus simple étant de donner à manger au pauvre et le plus élevé étant de lui prêter pour qu'il puisse créer son propre travail, alors que depuis des années je m'occupe de développer les microcrédits sur la planète, je me suis dit que j'étais plus juif encore que je ne le pensais! Mais, là encore, c'est universel: imaginons qu'à l'échelle de la planète on consacre, selon l'obligation de la tsedaka, 10% de tous les revenus aux pauvres: le monde serait bien différent!
Jacques Attali
http://www.ledevoir.com/non-classe/3381/jacques-attali-les-juifs-et-l-argent-le-deboulonneur-de-mythes
http://www.lexpress.fr/informations/les-juifs-les-chretiens-et-l-argent_646897.html
Plus précisément, la religion juive permettait que ses membres s'accordent des prêts sans intérêt entre eux, et qu'ils accordent des prêts avec intérêts aux non-juifs, alors que chez les chrétiens et les musulmans, le prêt, avec ou sans intérêt, est interdit.
Durant des siècles, donc, les Juifs sont seuls à pouvoir prêter de l'argent. Ils prêtent alors un argent dont tout le monde a besoin, et chacun d'entre eux, du plus pauvre au plus riche, est forcé de le faire sous peine d'être chassé du pays où il vit.
Confinés à ce rôle imposé de prêteur, les Juifs inventent des éléments de base du capitalisme: on leur attribue l'invention du chèque, du billet de banque, de la lettre de change. Fondamentalement nomade, circulant dans différents pays, souvent chassé des terres qu'il habite, le peuple juif a tout intérêt à investir dans les valeurs mobilières, partage ce qu'il fait fructifier et participe du coup à la circulation de l'argent et à la circulation des idées.
Plus tard, c'est un Juif lui-même, Karl Marx, qui deviendra malgré lui l'inspiration d'une certaine forme d'antisémitisme, en associant le judaïsme au capitalisme, dans un essai publié quatre ans avant Le Manifeste, et intitulé La question juive.
«Pour Marx, écrit Attali, le Juif est la matrice du capitalisme; l'assimiler ne changerait donc rien à son statut. Il ne peut s'émanciper qu'avec la disparition conjointe du capitalisme et du judaïsme.»
Les Juifs seront donc à la fine pointe du socialisme, sous les traits de Karl Marx ou de Léon Trotski.
«Les Juifs eux-mêmes ont été pris dans ce schéma, ont eu ce qu'on appelle la haine de soi, la haine de l'argent et la haine de l'image d'eux-mêmes. On retrouve cela chez Marx, qui dénonce le judaïsme comme source du capitalisme, chez Freud, qui dénonce l'argent», dit Attali en entrevue.
S'il reconnaît donc que les Juifs ont eu, durant une longue période, un rapport unique avec l'argent, Attali s'attarde tout de même, dans son livre, à déboulonner certains mythes. Dans un sous-chapitre intitulé Pour en finir avec l'argent juif, Attali écrit: «qu'après la Shoah, il est devenu impossible de parler de la place du peuple juif dans l'économie mondiale. Très rares sont les entreprises restées proprement juives. La plupart de celles dont on a parlé jusqu'ici, qui l'étaient à cause de leurs fondateurs, ne le sont plus ou ont même disparu». Il y a aussi, bien sûr, partout des Juifs pauvres.
Aujourd'hui, alors que le prêt usuraire et le nomadisme, par l'immigration et le déplacement des individus, sont des pratiques universelles, la distinction juive est moins marquée qu'elle ne l'était autrefois.
«L'identité juive a perdu beaucoup de sa spécificité.»
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Sous cette formulation générale - «Les Juifs, le monde et l'argent» - le thème de votre nouveau livre relevait jusqu'ici plutôt de la rhétorique antisémite...
Je me suis toujours demandé ce qu'il y avait de fondé dans tout ce qui était raconté, y compris le pire, sur le rapport des juifs au monde et à l'argent. J'ai voulu aborder cette question de front, avec franchise et honnêteté, à travers une longue enquête historique, et ma conclusion est que les juifs ont toutes les raisons d'être fiers de cette partie de leur histoire.
Vous remontez plusieurs millénaires en arrière pour retracer cette histoire, qui commence d'ailleurs dans un monde sans argent et sans richesse: le paradis d'Adam et Eve.
Le paradis se situe hors de l'économie parce que hors de la rareté, du travail et du désir (désir de savoir et de jouir). Et c'est parce qu'il éprouve ces deux désirs que l'homme bascule dans le monde de la rareté, c'est-à-dire de la violence, puis de l'argent.
C'est alors Dieu lui-même qui délivre à son peuple, bien avant Guizot, le premier précepte économique: «Enrichissez-vous!»
Pour la Bible, la richesse est un moyen de servir Dieu, d'être digne de lui. L'un des textes fondateurs dit: «Tu aimeras Dieu de toutes tes forces» et l'un des commentaires précise: «Cela veut dire de toutes tes richesses.» Donc: «Plus tu seras riche, plus tu auras de moyens pour servir Dieu.» La richesse est un moyen, pas une fin. A condition que ce soit une richesse créée, une mise en valeur du monde et non pas une richesse prise à un autre. Les biens fertiles (la terre, le bétail) sont donc particulièrement recherchés. Abraham s'enrichit ainsi par ses troupeaux. Le travail productif est même si important qu'il est interdit de ne faire qu'étudier ou prier, parce qu'on s'isole, on se dessèche et on ne comprend plus le monde.
Ces préceptes de l'Ancien Testament correspondent-ils à une réalité historique de l'époque?
Oui. A l'époque biblique, deux révolutions majeures distinguent les juifs des peuples voisins: d'une part, l'enrichissement n'a pas pour finalité la construction de beaux lieux de culte; d'autre part, les sacrifices humains et la loi du talion sont remplacés par un dédommagement monétaire. C'est un moment essentiel de la civilisation: l'amende remplace les représailles, l'argent interrompt la violence.
Ce mode d'emploi de la richesse n'est guère respecté...
Une fois passé l'exil égyptien, dès la sortie d'Egypte, l'argent joue un grand rôle; dans le Sinaï, une partie du peuple juif fabrique un dieu d'or. Le châtiment est terrible: le peuple doit rester dans le désert assez longtemps pour qu'y meurent toutes les générations fautives. Pendant cette longue errance, Dieu leur assure la «manne», qui n'est pas du tout la nourriture de rêve que l'on croit généralement: elle n'a aucun goût, aucune raison d'être autre que fonctionnelle, elle constitue une ration alimentaire fade et sans saveur. La leçon est claire: seules les richesses créées par le travail ont du goût. Ce qui est obtenu sans effort n'a aucune valeur.
Malgré cette rééducation, le peuple juif semble avoir du mal à trouver ce rapport équilibré avec la richesse que lui prescrit Dieu?
Dans l'un des textes majeurs du judaïsme, le discours de Salomon, lors de l'inauguration du Temple, au Xe siècle avant notre ère, rappelle que le peuple juif ne doit s'enrichir que pour enrichir les autres, qu'il ne peut être heureux que si ceux qui l'entourent le sont aussi et que, réciproquement, les gentils ont intérêt au bien-être du peuple du Livre, qui prie pour eux. C'est aussi à cette époque qu'est institué l'impôt de solidarité - qui deviendra la tsedaka - première apparition historique de l'impôt sur le revenu, avec des règles très précises: taux supérieur à 10% mais inférieur à 20%, anonymat et redistribution intégrale aux pauvres. Malgré cela, le Temple connaît deux dévoiements importants: des prêtres s'installent à plein temps et certains recommencent à faire de la fortune une finalité. Le châtiment ne tarde pas: division du peuple, défaite, destruction du Temple. D'où, plus tard, après sa reconstruction, le besoin de codifier ces règles. C'est l'oeuvre du premier Sanhédrin, sorte de Cour de cassation, instance suprême qui unifie la jurisprudence d'une multitude de petits tribunaux communautaires.
C'est ce premier Sanhédrin qui autorise aux juifs le prêt à intérêt, qui va peser si lourd sur leur destin ultérieur?
Pour le peuple juif, dans la mesure où la fertilité des biens est saine, il n'y a aucune raison d'interdire le prêt à intérêt à un non-juif, car l'intérêt n'est que la marque de la fertilité de l'argent. En revanche, entre juifs, on doit se prêter sans intérêt, au nom de la charité. Il est même prescrit, vis-à-vis des très pauvres, de faire des prêts à intérêt négatif!
C'est à cette époque que débute une phase heureuse de complémentarité avec la puissance grecque: les juifs semblent mieux réussir leur exil que leur royaume?
C'est clair! Parce que l'identité juive est d'abord nomade. Babylone et Alexandrie, qui sont au IIIe siècle avant notre ère les capitales de l'économie mondiale, fonctionnent grâce au savoir et au commerce des marchands lettrés juifs. Ils acquièrent progressivement une compétence et une légitimité fondées sur la confiance et sur des techniques financières et commerciales efficaces. Ils y inventeront en particulier le chèque, le billet à ordre, la lettre de change. Cela n'empêchera pas l'apparition, à Alexandrie, d'un antijudaïsme préchrétien.
Plus tard, l'avènement du christianisme met fin à une nouvelle dérive vers l'argent culte, notamment chez les pharisiens, dont le comportement est dénoncé par la secte des esséniens.
Bien avant la colonisation romaine, certains marchands et prêtres juifs, devenus riches et puissants, ne cessent d'être condamnés par les prophètes. Plus encore quand ils collaborent avec les Romains et exhibent leur luxe, au mépris de la Loi. Les prophètes se déchaînent contre eux, en écrivant les textes les plus durs sur la haine des richesses qui ne sont pas mises au service de Dieu. Jésus s'inscrit dans ce courant mais, au lieu d'accepter la richesse comme un moyen, il prêche que l'on n'est jamais aussi proche de Dieu que dans la mendicité. Il fait, comme certains prophètes avant lui, de la pauvreté un moyen d'accès à Dieu.
Pour un juif, la pauvreté est intolérable. Pour un chrétien, c'est la richesse qui l'est. Mais progressivement, dans la rédaction des Evangiles puis avec l'émergence de l'Eglise, la richesse va devenir un moyen de pouvoir au profit de l'institution religieuse, l'Eglise, qui encourage les offrandes et impose aux évêques l'inaliénabilité de ses biens.
Autre nouveauté essentielle, le christianisme proscrit le prêt à intérêt.
Pour trois raisons:
1° Pour les chrétiens, comme pour les Grecs, le temps n'appartenant pas aux hommes, ils n'ont le droit ni de le vendre ni de le faire fructifier.
2° Le prêt est une activité malsaine qui permet de gagner de l'argent sans travailler.
3° Le prêteur peut s'enrichir, ce qui concurrence le projet de l'Eglise d'être le lieu principal d'accumulation des richesses. L'Eglise assimile donc le prêteur au diable: il est comme le dealer qui fournit de la drogue, une nouvelle forme de la tentation.
Comment les rabbins ont-ils réagi à cette révolution chrétienne sur la question des richesses?
Il leur semble utile de codifier les choses au cours des siècles suivants. Les deux textes fondamentaux sont le Talmud de Jérusalem, au IVe siècle, et celui de Babylone, au VIe siècle, qui apportent d'énormes innovations, souvent très détaillées, sur l'organisation sociale et en particulier sur les taux d'intérêt, l'usage des lettres de change, les limites du profit (avec, par exemple, la notion de «prix juste» des biens alimentaires, dont la marge doit être limitée à 1/6), l'interdiction de la spéculation (quand les prix montent, il est interdit de faire des réserves et il faut vendre pour faire baisser les prix). Il y a aussi des règles très précises contre les ententes. Pratiquement tous les problèmes de l'économie moderne y sont traités, qu'il s'agisse de la publicité, de l'environnement, de la fiscalité directe et indirecte, du droit du travail, du droit de grève, de l'héritage, de la solidarité, etc.
A qui s'appliquent ces règles?
C'est déjà une question lancinante: doit-on vivre en circuit fermé entre juifs ou appliquer ces règles à tout le monde?
La justice sociale - la tsedaka, par exemple, la doit-on uniquement aux juifs ou également au voisin non juif dans le besoin?
Selon la règle fondamentale, arrêtée à ce moment-là dans le Talmud de Babylone, il est interdit de laisser mourir de faim qui que ce soit, mais l'on ne doit une assistance totale qu'aux monothéistes - c'est-à-dire, pendant très longtemps, seulement aux musulmans puisque, à cause de la Trinité, les chrétiens furent jusqu'au XIIe siècle considérés comme des polythéistes. On doit seulement fournir aux polythéistes les moyens de leur survie, pour qu'ils trouvent la force de découvrir l'unité de Dieu.
S'ouvre ensuite une nouvelle et longue ère heureuse de complémentarité avec les musulmans: les califes ne recrutent leurs conseillers et experts économiques que parmi les juifs.
Cela tient à une nécessité: il y a dans l'islam la même interdiction du prêt à intérêt que chez les chrétiens. Et les juifs sont parmi les rares à savoir lire et écrire. Ils sont donc les seuls capables d'organiser ces prêts, dont l'économie commence alors à avoir besoin: les marchands lettrés juifs constituent même le seul réseau mondial de courtiers, de commerçants et de changeurs. Tout en relevant d'un statut humiliant - selon la «dhimmitude» du Coran, on protège un «inférieur» - la compétence juive s'impose très vite. Le ministre des Finances du troisième calife, à Damas, est juif! C'est l'apparition d'un nouveau personnage: le juif de cour, qui n'existait pas sous l'Empire romain. Mais cette élite aspirée vers le haut ne constitue qu'une infime minorité du peuple juif, essentiellement composé d'artisans, de paysans, de vignerons, de marins, de commerçants, qui vivent dans l'angoisse des conséquences possibles de la jalousie que peuvent susciter ceux d'en haut.
Pourquoi cette spécialisation économique se reproduit-elle de manière beaucoup plus tragique tout au long du Moyen Age européen?
Avec le déclin de Bagdad, le centre de gravité se déplace vers l'Europe. Le continent souffre d'un manque de monnaie métallique: il n'y a pas assez d'or et d'argent pour assurer les transactions. Vers l'an mille, il n'y a guère plus de 150 000 juifs en Europe, qui, pendant trois siècles, se retrouvent dans la situation extraordinaire d'être les seuls à avoir le droit de faire des prêts alors que le besoin d'argent est considérable. C'est d'ailleurs l'une des rares activités qui leur sont autorisées au milieu d'un océan d'interdictions professionnelles. Mais c'est aussi une obligation: souvent, une communauté n'est tolérée dans une ville que si elle accepte d'assurer ce service. Les juifs, tous les juifs, vont donc jouer le rôle de prêteurs; les paysans, bouchers, et artisans juifs sont aussi prêteurs. Ce sont en général des prêts entre voisins. Dans l'Europe du Sud, cela se passe parfois très bien. Ils sont utiles et les chrétiens le reconnaissent. Mais à cette époque se constituent aussi les Etats; les souverains vont, à leur tour, recourir aux prêteurs juifs, forcés de leur prêter pour tout, même pour financer les guerres et les croisades.
Les rabbins ne mettent-ils pas en garde contre le développement de cette spécialisation sociale très piégée?
Il y a de grands débats. Certains sages considèrent que prêter aux non-juifs est un devoir, pour les aider à s'enrichir. D'autres s'inquiètent de voir les juifs prendre le risque d'être haïs pour services rendus. Et c'est ce qui arrive: quand cela va mal - à cause d'épidémies ou de mauvaises récoltes - et que l'on ne peut plus rembourser, paysans et princes trouvent une raison de se fâcher avec les juifs. «Juif» devient synonyme d' «usurier». Ils font alors l'objet de rackets, doivent payer pour tous les actes de la vie quotidienne, sous l'éternelle menace d'expulsion. D'où un cycle infini de périodes de calme suivies d'épisodes violents de pillages, de destructions de communautés.
Comment des communautés ainsi malmenées parviennent-elles, des siècles durant, au sortir de tragédies régulières, à se reconstituer, à remonter la pente pour remplir à nouveau le même office, en attendant la prochaine catastrophe?
Comme on a besoin d'eux, les monarques, après les avoir pillés, les remettent souvent en situation de pouvoir prêter! Et comme les prêts sont de très courte durée - un an ou moins - et à des taux d'intérêt très élevés, de l'ordre de 50 à 80%, l'accumulation va très vite. C'est comme pour les microcrédits aujourd'hui: cela vaut la peine d'emprunter, notamment en matière d'investissement agricole.
Il y a, dans votre livre, une thèse implicite: contrairement à Max Weber, qui mettait en avant le protestantisme, vous renouez avec la position de Werner Sombart, qui faisait des juifs les véritables inventeurs du capitalisme.
Pour moi, les preuves que je recense sont tellement accablantes que la thèse de Max Weber ne tient pas la route: malgré son immense culture, il n'a rien compris, ni au judaïsme, ni au rôle que celui-ci a joué, ni aux sources de l'ordre marchand. Mais Sombart n'est pas mieux: il fait démarrer le capitalisme au XVIe siècle par l'initiative de juifs polonais immigrés en Angleterre! Il ne leur prête un rôle que dans le capitalisme de spéculation, alors que l'important est ailleurs, dans le rôle très ancien joué par les juifs dans la mise en place de l'éthique en général, dans celle de l'économie en particulier, et dans le financement de l'investissement à partir du Xe siècle. Il oublie beaucoup d'autres choses, comme le rôle de la papauté, qui préserve les banquiers juifs dont elle a besoin; l'importance des banquiers lombards, qui sont en réalité souvent des juifs plus ou moins masqués; leur rôle dans le formidable développement de l'Espagne, dans les deux berceaux majeurs du capitalisme que furent les Pays-Bas et l'Angleterre et dans les colonies. Il ne dit rien non plus de leur participation au développement industriel, au XIXe siècle, en particulier dans les industries de la communication, de l'automobile, de l'aviation. Peu de gens savent que l'agence Havas et l'agence Reuter au XIXe siècle sont des créations juives, au même titre que la Deutsche Bank, Paribas ou les principales banques d'affaires américaines. Et encore bien d'autres destins fascinants en France, en Allemagne ou en Russie. De tout cela, je donne d'innombrables et spectaculaires exemples.
Comment expliquez-vous alors l'importance accordée à Max Weber?
Il a été clairement l'instrument idéologique de légitimation de la suprématie politique hollandaise, anglaise, puis américaine: il a permis aux protestants de se doter d'un titre de paternité sur ce qu'ils dominent. Marx, lui, avait compris que le judaïsme était à l'origine de la pensée économique moderne, mais il assimile totalement judaïsme et capitalisme, pour lui deux ennemis à combattre, et il écrit des pages clairement antisémites sur lesquelles a toujours pesé un tabou.
Vous évoquez sans détour un autre tabou: la puissance du gangstérisme juif aux Etats-Unis...
J'aurais trouvé malhonnête de ne pas parler de cet épisode marginal et fascinant. Un des chefs de la mafia américaine est un certain Meyer Lansky. Il fait partie de cette petite minorité de truands juifs - peut être 2 000 sur 2 millions de juifs russes immigrés aux Etats-Unis à la fin du XIXe siècle et au début du XXe. Cette fraction tout à fait «désintégrée» de la communauté constitue une grande première historique. Jusqu'alors, les juifs avaient une phobie de la délinquance et de la criminalité, pour des raisons théologiques, mais aussi de survie, puisque le comportement d'un seul pouvait mettre en cause la sécurité de toute la communauté. Les rabbins doivent refuser tout don d'origine douteuse. Et même au Moyen Age, où ils font l'objet des pires accusations - kidnappeurs d'enfants, meurtriers rituels, buveurs de sang humain, empoisonneurs de sources - on n'a pas d'exemple de prêteurs escrocs! Le gangster juif est donc une nouveauté; en réalité, il n'est plus juif du tout. Meyer Lansky n'a aucune relation avec la communauté. Associé à la mafia italienne, il permet à Lucky Luciano de prendre le pouvoir sur Cosa Nostra, avant de devenir lui-même le maître de la mafia américaine. Et quand, plus tard, il se fait arrêter - pour des raisons fiscales, comme Al Capone - et qu'il demande à Israël à bénéficier de la loi du retour, Golda Meir ne le lui accorde pas.
Cela nous amène à Israël, qui a voulu ouvrir un nouveau chapitre des rapports entre le peuple juif et l'argent, avec cette utopie du kibboutz, collectivisme communautaire libéré de l'argent.
Quand les premiers sionistes viennent leur demander des fonds, les banquiers juifs américains (Seligman, Goldman, Sachs, Lehman, Kuhn, Loeb, Warburg, Solomon) refusent, pour des raisons qui paraissent aujourd'hui d'une actualité extraordinaire: «Nous sommes une éthique, une culture, pas une nation, il ne faut pas s'encombrer d'un Etat.» Ceux qui acceptent de les aider (les Rothschild, Montefiore ou Hirsch) ne sont pas sionistes non plus. Et, comme la plupart des cadres sionistes viennent de Russie, où ils ont énormément souffert de cette image du juif homme d'argent, ils veulent s'en défaire radicalement, montrer qu'ils sont capables d'être des paysans, des artisans, des ouvriers. Cela donne d'abord le «bundisme», mouvement juif russe socialisant du début du siècle, puis le mouvement révolutionnaire russe, et enfin le sionisme utopique. Aujourd'hui, les kibboutzim n'occupent plus qu'une place marginale dans la société israélienne, même s'ils assurent encore le tiers de la production agricole.
Pourquoi le kibboutz a-t-il échoué?
Parce qu'il n'y a pas d'utopie qui ne soit une île! Un système social différent ne peut réussir que s'il est isolé et ainsi transmissible aux générations suivantes. Or forcer les enfants, et surtout les petits-enfants, à revenir vivre en kibboutz après avoir passé deux ou trois ans dans l'armée ou à l'université s'est révélé impossible. Cela s'était déjà passé dans les familles de banquiers juifs du XIXe siècle, aux Etats-Unis ou à Vienne: la première génération fonde la banque, la deuxième la dirige et la troisième donne des musiciens, des peintres ou des psychanalystes!
Malgré cet échec du kibboutz, vous montrez qu'Israël entretient un rapport très particulier à l'argent, très loin de la réalité économique: c'est un Etat en perpétuel déficit.
C'était. Ça ne l'est plus. Cette nation a été créée dans des conditions économiquement surréalistes: sans Etat, sans ressources financières. Elle vécut donc à découvert, et cela pendant très longtemps. Mais cette dépendance extérieure correspond à un financement pour l'essentiel en prêts, pas en dons, et désormais, depuis une dizaine d'années, Israël reçoit moins de l'extérieur qu'il ne reverse. Le peuple israélien a vécu au départ à crédit: le taux de l'inflation était le signe de ce choix. Il se trouve qu'il s'est révélé très efficace.
Quelle a été l'importance de l'argent de la Diaspora durant ces cinquante ans de l'Etat d'Israël?
Dans les premières années, il représente de 5 à 6% du PNB israélien. Aujourd'hui, il ne représente pas plus de 5 pour 1 000. La situation est même en train de s'inverser et Israël sera bientôt en situation d'assister certaines communautés de la Diaspora, elles-mêmes menacées de disparaître par assimilation et par déclin de la natalité.
A rebours de certains fantasmes, vous concluez que le XXe siècle aura été en fait celui de l'effondrement de la puissance financière juive échafaudée au XIXe.
Je décris le destin des grandes dynasties financières et industrielles, une à une: les grandes banques juives s'effondrent ou passent toutes aux mains de non-juifs au cours de l'entre-deux-guerres. Comme à Vienne au XIXe siècle, où les juifs étaient sortis de la finance et du capital pour le théâtre, la psychanalyse et la littérature, au début du XXe, la puissance juive américaine passe de la finance à la distraction et à la communication: édition musicale, radio et cinéma. Universal, MGM, Fox, RCA, NBC, CBS, Warner Brothers sont les créations d'entrepreneurs juifs dont les films sont totalement étrangers au judaïsme. L'idée de montrer pour la première fois dans une salle un film en continu - comme, en France: Lumière avec L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat (1895) - viendra aux Etats-Unis d'Adolph Zukor, un juif hongrois, qui présente au public, en 1907, un documentaire de dix minutes: une Passion du Christ largement antisémite qu'il a tournée lors d'un voyage en Bavière! Et dans les années 30, le patron d'Universal, dont le frère était rabbin à Berlin, estimait qu'il n'avait pas à se mêler de la situation des juifs d'Europe. Le seul cinéaste militant prosémite de l'époque, c'est Chaplin, que même Hitler croit juif alors qu'il ne l'est pas!
En conclusion, vous dressez, à l'heure de la mondialisation, le constat de la fin de ce rôle économique multiséculaire des juifs: on n'a plus besoin d'eux?
Le rôle principal des juifs, pendant trois mille ans, fut celui du nomade, dont le sédentaire a besoin pour entretenir les contacts avec l'extérieur. Mais quand, avec la mondialisation, tout le monde devient nomade, il n'y a plus besoin de ces nomades-là! C'est nouveau et très récent, à tel point qu'en Israël les élites nouvelles sont elles-mêmes nomades à l'égard de l'Etat juif. Un autre rôle attend sans doute le peuple du Livre, avant-garde du nomadisme.
Vous vous interrogez sur le destin de cette banalisation pacifique, qui dissout l'identité juive, jusqu'à suggérer qu'Israël pourrait chercher inconsciemment à susciter une insécurité dont il aurait besoin pour maintenir une identité forte...
Le sédentaire éprouve souvent de la haine pour le nomade, dont il ne peut se passer. Mais, comme ni le nomadisme ni la finance ne sont plus des spécialités juives, la haine qu'ils provoquaient tend à se dissiper; et d'autres diasporas, telle la chinoise, viennent remplir ces mêmes rôles. Reste Israël, confronté à une menace comme nation sédentaire, face à son heure de vérité: son identité ne peut pas se réduire à l'hostilité de ceux qui l'entourent. La guerre, c'est son anéantissement; mais la paix entraînera son intégration dans la région, préalable à un métissage. Prélude à ce qui attend tous les peuples.
Dans cet ouvrage, vous avez privilégié le rôle actif de l'élite juive - experts, juifs de cour, conseillers du prince, financiers, etc. - au détriment de l'immense majorité du petit peuple: faut-il y voir une motivation autobiographique chez l'ancien conseiller de l'Elysée et homme de finance que vous êtes?
Je raconte aussi la vie des masses juives, leurs mouvements sociaux et leurs espoirs, mais il était naturel de s'intéresser aussi aux grands destins, et il en est de si fabuleux, de si incroyables! Juif, profondément attaché à cette partie de moi-même, j'ai eu envie de comprendre comment ma vie s'inscrit dans un destin collectif. Ce livre a donc été un formidable voyage intérieur qui m'a éclairé sur certaines de mes réactions, et notamment sur ma méfiance à l'égard de l'argent: s'il est un outil de la dignité humaine, un moyen d'interrompre les représailles et la violence, il n'est pour moi qu'un moyen de donner. J'ai toujours pensé qu'être puissant, c'est seulement avoir le privilège de pouvoir rendre service.
Que peut-il rester du Talmud de Babylone dans votre vie professionnelle?
Quand j'ai lu, chez Maimonide, qu'il y a huit degrés dans la charité, le plus simple étant de donner à manger au pauvre et le plus élevé étant de lui prêter pour qu'il puisse créer son propre travail, alors que depuis des années je m'occupe de développer les microcrédits sur la planète, je me suis dit que j'étais plus juif encore que je ne le pensais! Mais, là encore, c'est universel: imaginons qu'à l'échelle de la planète on consacre, selon l'obligation de la tsedaka, 10% de tous les revenus aux pauvres: le monde serait bien différent!
Jacques Attali
http://www.ledevoir.com/non-classe/3381/jacques-attali-les-juifs-et-l-argent-le-deboulonneur-de-mythes
http://www.lexpress.fr/informations/les-juifs-les-chretiens-et-l-argent_646897.html
Jews Got Money: Quand les rescapés de la Shoah vivent sous le seuil de pauvreté
On a du mal à croire que des survivants de la Shoah vivent dans la pauvreté, mais c’est pourtant vrai. Aujourd’hui vivent en Israël 260 000 rescapés de la Shoah et 80 000 d’entre eux vivent sous le seuil de pauvreté.
L’appartement de Léoplod Rosen à Holon a bonne apparence. Il est en effet entretenu par quelqu’un qui est payé pour cela. Léopold qui est âgé de 85 ans est bien malade : il est relié dix-sept heures par jour à un ballon d’oxygène, ayant contracté la tuberculose pendant la guerre en se cachant des Nazis dans la forêt polonaise. L’une de ses mains qu’a touchée une balle allemande est restée paralysée. Il a de l’épilepsie, de l’asthme et son coeur fonctionne grâce à un pacemaker. Entre ses quintes de toux, il nous dit avec un humour aigre-doux : « la seule chose qui fonctionne encore, c’est mon cerveau ». Ce n’est pas un doux ; lui et d’autres n’ont pas hésité à exécuter un collaborateur juif dans la forêt. Aujourd’hui, il serait capable de faire de même si quelqu’un essayait de lui prendre sa télévision. Cela pourrait bien lui arriver, puisque pour la première fois, il n’a pas les moyens de payer l’abonnement.
Veuf avec deux grands fils qui ne peuvent pas l’aider, Léopold doit vivre de sa pension vieillesse de 2100 shekels à laquelle il faut ajouter 700 shekels, somme venant des réparations que le gouvernement allemand verse à Israël. « Je n’ai pas toujours de quoi manger » dit il. Ce n’est pas pour lui le problème fondamental, - il mangeait de la terre quand il devait se cacher dans la forêt polonaise -. « Ma priorité est, dit-il, de payer les factures ».
Ces survivants de la Shoah sont dans leurs 70ème ou 80ème années, mangent aux soupes populaires et reçoivent leurs vêtements d’organisations charitables. Il leur faut choisir entre produits alimentaires ou médicaments, et ils n’ont pas, bien entendu, suffisamment d’argent pour se payer un appareil auditif, des lunettes ou un dentier.
Les gens au pouvoir le savent, mais ils ne font rien. Théoriquement, Léopold dépend d’une assistante sociale qui est responsable de centaines et même de milliers de personnes, aussi n’a-t-il reçu qu’une seule visite depuis qu’il est à la retraite. « Mes dents me font mal » dit-il. Quant à ses lunettes, elles ont été payées par une femme allemande.
Sur les 80 000 survivants de l’holocauste qui vivent sous le seuil de pauvreté, 20 000 sont originaires d’Europe et 50 000 sont des immigrants des pays de l’ex-Union Soviétique venus à partir des années 90. Les Européens ont généralement davantage souffert des Nazis. La majorité des Russes a échappé à l’invasion d’Hitler, mais ils ont été déplacés par leur gouvernement en Sibérie, souffrant du froid et de la faim. Ils n’ont pas de matricule tatoué sur leur bras, ils n’ont pas été dans des camps de concentration, alors, sont-ils eux aussi des survivants de la Shoah ? Ils ont fui les Nazis. Nombreux sont ceux qui viennent d’Ukraine, qui ont été dans des camps nazis et dont beaucoup de membres de leurs familles ont été assassinés. « Aussi, dit le docteur Nata Kellerman, président d’une organisation qui a pour but de les aider, mais qui manque de moyens, faut-il les compter comme des survivants de la Shoah ».
Selon une étude effectuée il y a deux ans par un démographe de l’Université Hébraïque, il ressort que 35% des survivants ont besoin d’une aide : par exemple, des couvertures ou des appareils de chauffage ; 25% doivent choisir entre une bonne nourriture ou des médicaments ; 16% ne peuvent pas payer leur note de téléphone ou visiter leurs enfants.
A Ramat Gan, Ryvka Hilsemat a plus de 80 ans et se réjouit de voir quelqu’un avec qui parler. Elle se met à pleurer quand elle se souvient de l’Ukraine. « J’ai perdu la moitié de ma famille, mes trois frères. Mon père est mort dans la rue, j’ai vendu mes vêtements pour un morceau de pain et c’est ce qui m’a permis de rester en vie ».
Colette Avital, l’avocate des survivants, à qui nous avons demandé comment les autorités pouvaient les laisser dans cette pauvreté, a répondu : « Le gouvernement a ajouté à ce qu’a versé l’Allemagne ; d’où peut venir l’argent ? ». La seule compensation venue en dehors du gouvernement d’Israël est la pension mensuelle de 1040 shekels pour 50 000 survivants. Ils sont arrivés en 1953, l’année où les Allemands ont versé des dédommagements. L’Etat d’Israël a créé des clubs sociaux, des centres de traitement psychologique et un organisme qui organise des visites à domicile pour 9 500 survivants.
Colette Avital continue : « J’ai découvert seulement récemment que le gouvernement continuait de recevoir de l’argent de l’Allemagne, soit 200 millions de dollars par an. Même après avoir donné aux survivants, il reste une somme importante ». Le gouvernement retient 8% sur la somme versée aux survivants, malgré l’accord avec l’allemagne qui dit que cet argent ne peut être taxable.
Les gouvernements d’Allemagne, de France et d’Autriche donnent davantage d’aide financière à leurs survivants de la Shoah que le gouvernement d’Israël aux siens. C’est vrai, ces pays furent des responsables directs de la Shoah. Mais en même temps, Israël est le seul Etat qui reçoive des réparations d’un autre pays. Un problème moral se pose : un survivant doit-il recevoir plus d’argent qu’un vieillard pauvre d’Ethiopie ou du Maroc ?
Zeev Factor, président du Fond et survivant du ghetto de Lodz, Auschwitz et Buchenwald dit que non seulement la Shoah a joué dans la reconnaissance de l’Etat par l’ONU, mais que dans les premières années de sa construction, les réparations allemandes ont aidé à construire des routes, des hôpitaux et l’armée. Nous n’avons pas le droit de permettre que les survivants souffrent encore une fois de la faim, ni qu’ils soient à nouveau coupés du monde, parce qu’ils ne peuvent pas acheter un appareil auditif.
J.Rozenstein, emprisonnée dans un ghetto en Ukraine à cinq ou six ans, en a aujourd’hui 71. C’est un paquet de nerfs qui n’arrête pas de parler. Au ghetto, elle a vu les Nazis trancher la tête de sa petite soeur de cinq mois et battre sa grand-mère jusqu’à ce que mort s’ensuive. « Je n’ai personne à qui parler, ni tombe à visiter » dit-elle. Avec ses 3 700 shekels mensuels, il n’est pas question d’acheter ni lunettes, ni dentier, et elle a payé l’opération du coeur de son mari après que le chirurgien l’ait convaincue de le faire dans une clinique privée. Son mari est mort sur la table d’opération. « Mais j’en connais d’autres encore plus pauvres qui fouillent les poubelles pour trouver de la nourriture ».
Son cynisme n’est pas sans raison. L’Etat a relégué ses responsabilités aux organisations charitables. Méir Panim (l’équivalent des « restos du coeur ») dit que sur 8500 personnes qui prennent leur repas dans les quinze centres qu’il prend en charge, 2000 sont des survivants. Ce sont ceux-là qui en souffrent le plus. Quand vous voyez des personnes attendre avant l’ouverture vers 11 heures, ce sont souvent des rescapés de la Shoah.
Grégory, Olga et Vassily ont été envoyés dans les montagnes de l’Oural près de la Sibérie en 1941. Il faisait moins quarante, dit Grégory et nous avions faim. Arrivée en 1992 en Israël, Olga n’a, depuis lors, pu acheter aucun vêtement.
On peut se poser la question : pourquoi des centaines de millions de dollars sont-ils dépensés par des Juifs d’Amérique surtout, mais aussi en Israël pour des musées de la Shoah, pour des statues et pour d’autres monuments ? Certes, faire connaître à la nouvelle génération l’extermination des Juifs d’Europe et garder en mémoire les événements de cette période sont des sujets importants, mais cela ne devrait pas empêcher que certaines sommes soient destinées à aider les derniers survivants à vivre plus décemment. « Ces gens sont dans la dernière période de leur vie » dit Factor, 81 ans, qui parle avec difficulté suite à une attaque cérébrale, et « nous ne pourrons plus les aider dans le futur, et leur futur, c’est aujourd’hui ».
Cecile Pilverdier
Source : article de Larry Derfner dans Jerusalem Post du 16 février 2007
L’appartement de Léoplod Rosen à Holon a bonne apparence. Il est en effet entretenu par quelqu’un qui est payé pour cela. Léopold qui est âgé de 85 ans est bien malade : il est relié dix-sept heures par jour à un ballon d’oxygène, ayant contracté la tuberculose pendant la guerre en se cachant des Nazis dans la forêt polonaise. L’une de ses mains qu’a touchée une balle allemande est restée paralysée. Il a de l’épilepsie, de l’asthme et son coeur fonctionne grâce à un pacemaker. Entre ses quintes de toux, il nous dit avec un humour aigre-doux : « la seule chose qui fonctionne encore, c’est mon cerveau ». Ce n’est pas un doux ; lui et d’autres n’ont pas hésité à exécuter un collaborateur juif dans la forêt. Aujourd’hui, il serait capable de faire de même si quelqu’un essayait de lui prendre sa télévision. Cela pourrait bien lui arriver, puisque pour la première fois, il n’a pas les moyens de payer l’abonnement.
Veuf avec deux grands fils qui ne peuvent pas l’aider, Léopold doit vivre de sa pension vieillesse de 2100 shekels à laquelle il faut ajouter 700 shekels, somme venant des réparations que le gouvernement allemand verse à Israël. « Je n’ai pas toujours de quoi manger » dit il. Ce n’est pas pour lui le problème fondamental, - il mangeait de la terre quand il devait se cacher dans la forêt polonaise -. « Ma priorité est, dit-il, de payer les factures ».
Ces survivants de la Shoah sont dans leurs 70ème ou 80ème années, mangent aux soupes populaires et reçoivent leurs vêtements d’organisations charitables. Il leur faut choisir entre produits alimentaires ou médicaments, et ils n’ont pas, bien entendu, suffisamment d’argent pour se payer un appareil auditif, des lunettes ou un dentier.
Les gens au pouvoir le savent, mais ils ne font rien. Théoriquement, Léopold dépend d’une assistante sociale qui est responsable de centaines et même de milliers de personnes, aussi n’a-t-il reçu qu’une seule visite depuis qu’il est à la retraite. « Mes dents me font mal » dit-il. Quant à ses lunettes, elles ont été payées par une femme allemande.
Sur les 80 000 survivants de l’holocauste qui vivent sous le seuil de pauvreté, 20 000 sont originaires d’Europe et 50 000 sont des immigrants des pays de l’ex-Union Soviétique venus à partir des années 90. Les Européens ont généralement davantage souffert des Nazis. La majorité des Russes a échappé à l’invasion d’Hitler, mais ils ont été déplacés par leur gouvernement en Sibérie, souffrant du froid et de la faim. Ils n’ont pas de matricule tatoué sur leur bras, ils n’ont pas été dans des camps de concentration, alors, sont-ils eux aussi des survivants de la Shoah ? Ils ont fui les Nazis. Nombreux sont ceux qui viennent d’Ukraine, qui ont été dans des camps nazis et dont beaucoup de membres de leurs familles ont été assassinés. « Aussi, dit le docteur Nata Kellerman, président d’une organisation qui a pour but de les aider, mais qui manque de moyens, faut-il les compter comme des survivants de la Shoah ».
Selon une étude effectuée il y a deux ans par un démographe de l’Université Hébraïque, il ressort que 35% des survivants ont besoin d’une aide : par exemple, des couvertures ou des appareils de chauffage ; 25% doivent choisir entre une bonne nourriture ou des médicaments ; 16% ne peuvent pas payer leur note de téléphone ou visiter leurs enfants.
A Ramat Gan, Ryvka Hilsemat a plus de 80 ans et se réjouit de voir quelqu’un avec qui parler. Elle se met à pleurer quand elle se souvient de l’Ukraine. « J’ai perdu la moitié de ma famille, mes trois frères. Mon père est mort dans la rue, j’ai vendu mes vêtements pour un morceau de pain et c’est ce qui m’a permis de rester en vie ».
Colette Avital, l’avocate des survivants, à qui nous avons demandé comment les autorités pouvaient les laisser dans cette pauvreté, a répondu : « Le gouvernement a ajouté à ce qu’a versé l’Allemagne ; d’où peut venir l’argent ? ». La seule compensation venue en dehors du gouvernement d’Israël est la pension mensuelle de 1040 shekels pour 50 000 survivants. Ils sont arrivés en 1953, l’année où les Allemands ont versé des dédommagements. L’Etat d’Israël a créé des clubs sociaux, des centres de traitement psychologique et un organisme qui organise des visites à domicile pour 9 500 survivants.
Colette Avital continue : « J’ai découvert seulement récemment que le gouvernement continuait de recevoir de l’argent de l’Allemagne, soit 200 millions de dollars par an. Même après avoir donné aux survivants, il reste une somme importante ». Le gouvernement retient 8% sur la somme versée aux survivants, malgré l’accord avec l’allemagne qui dit que cet argent ne peut être taxable.
Les gouvernements d’Allemagne, de France et d’Autriche donnent davantage d’aide financière à leurs survivants de la Shoah que le gouvernement d’Israël aux siens. C’est vrai, ces pays furent des responsables directs de la Shoah. Mais en même temps, Israël est le seul Etat qui reçoive des réparations d’un autre pays. Un problème moral se pose : un survivant doit-il recevoir plus d’argent qu’un vieillard pauvre d’Ethiopie ou du Maroc ?
Zeev Factor, président du Fond et survivant du ghetto de Lodz, Auschwitz et Buchenwald dit que non seulement la Shoah a joué dans la reconnaissance de l’Etat par l’ONU, mais que dans les premières années de sa construction, les réparations allemandes ont aidé à construire des routes, des hôpitaux et l’armée. Nous n’avons pas le droit de permettre que les survivants souffrent encore une fois de la faim, ni qu’ils soient à nouveau coupés du monde, parce qu’ils ne peuvent pas acheter un appareil auditif.
J.Rozenstein, emprisonnée dans un ghetto en Ukraine à cinq ou six ans, en a aujourd’hui 71. C’est un paquet de nerfs qui n’arrête pas de parler. Au ghetto, elle a vu les Nazis trancher la tête de sa petite soeur de cinq mois et battre sa grand-mère jusqu’à ce que mort s’ensuive. « Je n’ai personne à qui parler, ni tombe à visiter » dit-elle. Avec ses 3 700 shekels mensuels, il n’est pas question d’acheter ni lunettes, ni dentier, et elle a payé l’opération du coeur de son mari après que le chirurgien l’ait convaincue de le faire dans une clinique privée. Son mari est mort sur la table d’opération. « Mais j’en connais d’autres encore plus pauvres qui fouillent les poubelles pour trouver de la nourriture ».
Son cynisme n’est pas sans raison. L’Etat a relégué ses responsabilités aux organisations charitables. Méir Panim (l’équivalent des « restos du coeur ») dit que sur 8500 personnes qui prennent leur repas dans les quinze centres qu’il prend en charge, 2000 sont des survivants. Ce sont ceux-là qui en souffrent le plus. Quand vous voyez des personnes attendre avant l’ouverture vers 11 heures, ce sont souvent des rescapés de la Shoah.
Grégory, Olga et Vassily ont été envoyés dans les montagnes de l’Oural près de la Sibérie en 1941. Il faisait moins quarante, dit Grégory et nous avions faim. Arrivée en 1992 en Israël, Olga n’a, depuis lors, pu acheter aucun vêtement.
On peut se poser la question : pourquoi des centaines de millions de dollars sont-ils dépensés par des Juifs d’Amérique surtout, mais aussi en Israël pour des musées de la Shoah, pour des statues et pour d’autres monuments ? Certes, faire connaître à la nouvelle génération l’extermination des Juifs d’Europe et garder en mémoire les événements de cette période sont des sujets importants, mais cela ne devrait pas empêcher que certaines sommes soient destinées à aider les derniers survivants à vivre plus décemment. « Ces gens sont dans la dernière période de leur vie » dit Factor, 81 ans, qui parle avec difficulté suite à une attaque cérébrale, et « nous ne pourrons plus les aider dans le futur, et leur futur, c’est aujourd’hui ».
Cecile Pilverdier
Source : article de Larry Derfner dans Jerusalem Post du 16 février 2007
Un judoka israélien contraint de voler du dentifrice en Allemagne
C’est là une bien triste histoire qui illustre parfaitement la manière dont sont traité les sportifs israéliens par les différentes fédérations sportives locales : le judoka Soso Palelashvili a été arrêté vendredi à Dusseldorf, alors qu’il venait de subtiliser un tube de dentifrice dans une épicerie.
Les responsables de la fédération, ceux-là même qui se prennent pour des hommes politiques de premier plan et qui refusent de donner des « salaires » dignes de ce nom à leurs plus grands espoirs, ont immédiatement interdit le sportif de participer au tournois de la ville, compromettant sérieusement ses chances de participer aux JO 2012 de Londres.
Palelashvili a été libéré sous caution par la police.
Pendant ce temps, le Président de l’association des judokas a réclamé le retour « immédiat » en Israël du coupable ou « il devra faire face à une audience disciplinaire. »
Le coach du judoka se fait lui, l’avocat de Palelashvili… Et c’est à juste titre qu’il s’oppose à ce mouvement de la Fédération : «les dirigeants de la fédérations de Judo font de la politique, pas du sport. Pourquoi agir ainsi et mettre à néant les efforts de 3 ans de travail pour en arriver là ? Il a commis une faute, c’est indéniable, mais doit on le punir de cette manière pour cela ? Soso est marié et père de famille… Et il ne touche de 2.500 shekels par mois ! Il n’aurait jamais volé un tube de dentifrice s’il avait un salaire décent! »
Palelashvili a immigré en Israël depuis la Géorgie il y a quatre ans. En 2011, il était en excellente forme, gagnant plusieurs tournois. C’est un grand espoir de médaille aux JO 2012, cet été en Grande-Bretagne.
http://jssnews.com/2012/02/19/un-judoka-israelien-contraint-de-voler-du-dentifrice-en-allemagne
Les responsables de la fédération, ceux-là même qui se prennent pour des hommes politiques de premier plan et qui refusent de donner des « salaires » dignes de ce nom à leurs plus grands espoirs, ont immédiatement interdit le sportif de participer au tournois de la ville, compromettant sérieusement ses chances de participer aux JO 2012 de Londres.
Palelashvili a été libéré sous caution par la police.
Pendant ce temps, le Président de l’association des judokas a réclamé le retour « immédiat » en Israël du coupable ou « il devra faire face à une audience disciplinaire. »
Le coach du judoka se fait lui, l’avocat de Palelashvili… Et c’est à juste titre qu’il s’oppose à ce mouvement de la Fédération : «les dirigeants de la fédérations de Judo font de la politique, pas du sport. Pourquoi agir ainsi et mettre à néant les efforts de 3 ans de travail pour en arriver là ? Il a commis une faute, c’est indéniable, mais doit on le punir de cette manière pour cela ? Soso est marié et père de famille… Et il ne touche de 2.500 shekels par mois ! Il n’aurait jamais volé un tube de dentifrice s’il avait un salaire décent! »
Palelashvili a immigré en Israël depuis la Géorgie il y a quatre ans. En 2011, il était en excellente forme, gagnant plusieurs tournois. C’est un grand espoir de médaille aux JO 2012, cet été en Grande-Bretagne.
http://jssnews.com/2012/02/19/un-judoka-israelien-contraint-de-voler-du-dentifrice-en-allemagne
Greek Jews suffer in financial crisis
Being a Jew in Greece already has its difficulties.
One faces prejudice on a regular basis, and any reference to the Jewish community as a whole usually involves conspiracy theories about how Jews are responsible for every evil or great event happening in the world.
The financial crisis just added another problem to the list. Soaring taxes and rocketing unemployment has hit the country's 7,500-strong Jewish community as hard as other Greek citizens.
Members of the Jewish community in Athens are used to helping each other out, and their institutions rely heavily on their donations. So dropping contributions have meant that standard community services are being starved of cash.
Benjamin Albala, president of the Jewish Community of Athens, says: "Funerals, weddings and other such simchot have been reduced since our members ask to pay less for these services."
Donations and the payment of membership fees to synagogues, burial societies and other community institutions have fallen by 50 per cent - and they are still falling.
"There are many members who refuse to pay their annual subscription, which is meant to support religious, spiritual and educational practices of the community," says Rabbi Izaak Mizan.
Meanwhile, the number of members who cannot make ends meet as a result of the crisis keeps on rising, and many are turning to ask for help from their synagogues and other community bodies.
The main reason for the tanking incomes of Athens community members is that many rely for business on the property market, which like elsewhere in Europe, has come crashing down. Rents have tumbled along with property prices. "Tenants ask for a 30 per cent reduction in rent and many leave, breaking the contracts, since their business has gone bankrupt," says Mr Albala.
The extreme levels of unemployment among young people is also a source of huge anxiety to the community. "The community has created a list of unemployed young people and we are trying to help them find jobs," says Mr Albala.
The official unemployment rate in Greece is about 20 per cent, but actual unemployment is thought to be much higher.
Meanwhile, as the government struggles to pass the structural reforms that Europe's politicians require in order to release the latest multi-billion bailout, the Greek far-right appears to be making inroads into mainstream politics.
Two members of the far-right Popular Orthodox Rally (LAOS) have resigned and are about to run in the upcoming elections under the banner of the poll-leading New Democracy Party. Adonis Georgiadis and Makis Voridis decided to resign from LAOS when asked by their party not to support the austerity bill.
The two voted in favour of the package of reforms and few days later they announced their move. In the past they have both made antisemitic statements.
http://www.thejc.com/news/world-news/64030/greek-jews-suffer-financial-crisis
One faces prejudice on a regular basis, and any reference to the Jewish community as a whole usually involves conspiracy theories about how Jews are responsible for every evil or great event happening in the world.
The financial crisis just added another problem to the list. Soaring taxes and rocketing unemployment has hit the country's 7,500-strong Jewish community as hard as other Greek citizens.
Members of the Jewish community in Athens are used to helping each other out, and their institutions rely heavily on their donations. So dropping contributions have meant that standard community services are being starved of cash.
Benjamin Albala, president of the Jewish Community of Athens, says: "Funerals, weddings and other such simchot have been reduced since our members ask to pay less for these services."
Donations and the payment of membership fees to synagogues, burial societies and other community institutions have fallen by 50 per cent - and they are still falling.
"There are many members who refuse to pay their annual subscription, which is meant to support religious, spiritual and educational practices of the community," says Rabbi Izaak Mizan.
Meanwhile, the number of members who cannot make ends meet as a result of the crisis keeps on rising, and many are turning to ask for help from their synagogues and other community bodies.
The main reason for the tanking incomes of Athens community members is that many rely for business on the property market, which like elsewhere in Europe, has come crashing down. Rents have tumbled along with property prices. "Tenants ask for a 30 per cent reduction in rent and many leave, breaking the contracts, since their business has gone bankrupt," says Mr Albala.
The extreme levels of unemployment among young people is also a source of huge anxiety to the community. "The community has created a list of unemployed young people and we are trying to help them find jobs," says Mr Albala.
The official unemployment rate in Greece is about 20 per cent, but actual unemployment is thought to be much higher.
Meanwhile, as the government struggles to pass the structural reforms that Europe's politicians require in order to release the latest multi-billion bailout, the Greek far-right appears to be making inroads into mainstream politics.
Two members of the far-right Popular Orthodox Rally (LAOS) have resigned and are about to run in the upcoming elections under the banner of the poll-leading New Democracy Party. Adonis Georgiadis and Makis Voridis decided to resign from LAOS when asked by their party not to support the austerity bill.
The two voted in favour of the package of reforms and few days later they announced their move. In the past they have both made antisemitic statements.
http://www.thejc.com/news/world-news/64030/greek-jews-suffer-financial-crisis
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